domingo, 25 de abril de 2010

HISTÓRIA DE UM BRAVO 8

CAPÍTULO VIII



Entregou a venda para a mulher e os filhos tocarem e foi viver na fazenda. Só saia de lá à tardinha para dormir na cidade. Foi um alívio para todos, ficar sem tanto arrojo, pelo menos durante o dia, foi um descanso. Mesmo contando com a diminuição das rabugices não foi um completo alento, pois mantinha certas exigências: nada podia atravancar a passagem do carro na entrada da chácara, Sô Chiquito passava por cima em objeto esquecido pelo caminho para dar lição; o portão de acesso à cozinha deveria ficar aberto no momento da chegada dele, sem deixar os cachorros entrarem. Certamente não era uma tarefa das mais fáceis, ficar ali de prontidão a espantar oito cães até que ele passasse com seus balaios, dava até zonzeira. Dos rituais de chegada o mais perturbador era manter os chinelos de borracha, junto ao banco, à disposição dos seus pés de bota. Cumprir esse dever era canseira certa, um dos chinelos ou mesmo o par desaparecia com freqüência, os cachorros se encarregavam disso. Era realmente um tempo de muita braveza!

Continua...

Um comentário:

Bia*-* disse...

ahhhh nãooooo... vc tá encurtando os causos, kkkkk
Beijo