quinta-feira, 10 de julho de 2008

QUEM TEM BANHEIRO É FELIZ !

Aristóteles defendeu como condição para a felicidade o desenvolvimento da excelência por meio da simetria de desejos, que é o meio-termo justo ou caminho do meio. Assim, entre a covardia e o arrojo estaria a coragem, entre a avareza e a extravagância, a liberalidade. As qualidades do meio são virtudes, a primeira e última qualidades são extremos e vícios. Reconhece, ainda, que devemos possuir auxílios externos como a amizade e um bom grau de bens terrenos, porque a pobreza nos torna mesquinhos e ganaciosos e que os bens trazem liberdade e tranquilidade. Tal teoriazação do filósofo maior sobre a natureza da felicidade evidencia a razão da insatisfação humana. Qual o limite de auxílios externos que nos dará tranquilidade? Como atingir o meio-termo justo?
Como finalidade é utópico. Felicidade é um entre-meio, verso e anverso. O que se conquista somente traz bem-aventurança por pouco tempo. Outro desejo toma forma em seguida. A posse do objeto de desejo o torna mau ou imperceptível. Um caminho em círculo puramente humano.
Ingrid Betancourt quando foi libertada do cativeiro foi questionada porque ela sorria tanto. Ela declarou que além dos motivos óbvios, estava maravilhada em ter novamente banheiro, água quente, perfumes. É fácil ser feliz. Começar em dar vivas ao banheiro, pode ser um bom começo.