Aristóteles defendeu como condição para a felicidade o desenvolvimento da excelência por meio da simetria de desejos, que é o meio-termo justo ou caminho do meio. Assim, entre a covardia e o arrojo estaria a coragem, entre a avareza e a extravagância, a liberalidade. As qualidades do meio são virtudes, a primeira e última qualidades são extremos e vícios. Reconhece, ainda, que devemos possuir auxílios externos como a amizade e um bom grau de bens terrenos, porque a pobreza nos torna mesquinhos e ganaciosos e que os bens trazem liberdade e tranquilidade. Tal teoriazação do filósofo maior sobre a natureza da felicidade evidencia a razão da insatisfação humana. Qual o limite de auxílios externos que nos dará tranquilidade? Como atingir o meio-termo justo?
Como finalidade é utópico. Felicidade é um entre-meio, verso e anverso. O que se conquista somente traz bem-aventurança por pouco tempo. Outro desejo toma forma em seguida. A posse do objeto de desejo o torna mau ou imperceptível. Um caminho em círculo puramente humano.