A ética é improvável? Se falarmos em ética perfeita ela é improvável. Sendo que a configuração da ética perfeita pode ser apresentada com a combinação de três doutrinas: a de Jesus, a de Nietzsche e por fim a de Platão. Para Jesus, a moralidade é a bondade para com os fracos; para Nietzsche, moralidade, é a bravura; já para Platão, a doutrina da moralidade é a harmonia do todo. Essa conjunção possui possibilidade de alguma prática? Identificada aqui uma utopia. Porém, o que seria do mundo sem as utopias? São necessárias como referências para a construção de um mundo melhor; essenciais para as transformações de idealizações em possíveis realidades.
Não é de hoje que o comportamento de pessoas da área dos poderes instituídos, local onde prevalece exemplos explícitos de como se dar bem por meio de espertezas contribui para que o povo se confunda diante dos conceitos da ética. Contudo, nada justifica a disseminação da perda da conduta ideal. Pois é perdendo o parâmetro do que é justo, correto e moral, que se exclui a cooperação social e a ordem. E, sendo ético, no mínimo, adquire-se o direito de se indignar diante de fatos que envolvam falta de ética! E isto já é um bom começo.