Ultimamente tenho pensado sobre a evolução do conhecimento e me pego às vezes desejosa de menos sapiência. Ser racional, pensar muito e saber de quase tudo provocam angústias. Imagino ser mais fácil a vida dos que vivem em uma rocinha, possuindo pouca leitura e tendo como preocupação genuína se vai chover ou não. Mesmo que, quando se vive de roça a preocupação com quantidade de nuvens no céu já é suficiente para desassossegar. Viver somente para levantar cedinho, bater a enxada, comer de marmita na sombra da árvore e voltar para a casa com o sol se pondo de muitas minudências se escapa. Isto se chama "felicidade da ignorância".
Estes pensamentos ficaram mais contundentes após ler um romance de Pirandello no qual o personagem principal diz dentro de um determinado contexto: "Maldito seja Copérnico!" Para o personagem, antes de Copérnico a Terra não girava e ponto. E, quando todos eles viviam na Terra sem girar vários conceitos sobre a natureza do homem davam mais importância para a espécie. Depois que a Terra começou a girar a consciência do pouco ou nada que valiam diante da nova descoberta ficou latente: eram simples minhocas.
Estes pensamentos ficaram mais contundentes após ler um romance de Pirandello no qual o personagem principal diz dentro de um determinado contexto: "Maldito seja Copérnico!" Para o personagem, antes de Copérnico a Terra não girava e ponto. E, quando todos eles viviam na Terra sem girar vários conceitos sobre a natureza do homem davam mais importância para a espécie. Depois que a Terra começou a girar a consciência do pouco ou nada que valiam diante da nova descoberta ficou latente: eram simples minhocas.
Quantos Copérnicos haveremos de aguentar até o fim dos tempos? Descobrindo, inventando, revelando? Queria mesmo é uma enxadinha que vai e vem...